Neste artigo, vou abordar a história da reflexologia podal, que envolve a aplicação de pressão nos pés para influenciar outras partes do corpo.
A reflexologia é uma técnica terapêutica na qual a aplicação de pressão em uma parte do corpo produz efeitos em uma área distante daquela que está sendo manipulada.
Existem várias áreas reflexas como as mãos, orelhas, cabeça e pés. Ou seja, extremidades do corpo.
Esta abordagem de massagem é bastante difundida pelo mundo e tem cada vez mais adeptos já que possuem diversos efeitos benefícios a nível físico e emocional.
O debate sobre a origem da Reflexologia carece de precisão devido à ausência de documentos conclusivos, resultando em várias explicações. Contudo, há consenso de que sua raiz remonta à Antiguidade, onde estudos indicam que técnicas de pressão local (como massagens reflexas) eram empregadas para tratar e prevenir doenças.
Diferentes pesquisadores apontam para origens chinesas, japonesas, indianas, egípcias, persas ou americanas. Notavelmente, as culturas egípcia e babilônica precederam a chinesa, com o Egito oferecendo contribuições valiosas por meio de evidências históricas e arqueológicas.
Alguns estudiosos sugerem que as civilizações Maia (cujo surgimento não é preciso) e Inca (por volta de 3000 a.C.) já praticavam formas de Terapia Podal, transmitindo esses conhecimentos aos nativos norte-americanos. Essa prática tinha o propósito de restaurar o equilíbrio físico, mental e espiritual, baseada na crença de que os pés estabeleciam conexões essenciais com a Terra e seus elementos.
Pré-história – História da reflexologia podal
Desde que adotou o bipedalismo, o ser humano passou a depender da força e integridade dos pés para se locomover. Imagina como nossos ancestrais precisavam caminhar para coletar, caçar e explorar novas terras, uma vez que eram nômades.
Com isso, nossos pés precisaram se adaptar e evoluir tanto quanto nossas mãos, com seus polegares opositores. Apenas com as mãos livres, os seres humanos puderam transportar ferramentas, armas e outros objetos.
No entanto, nossos antepassados demoraram muito para desenvolver calçados, o que nos leva a imaginar o quanto deveria ser difícil e doloroso. Podemos também imaginar o quanto os pés desses seres eram poderosos.
A partir desses tempos antigos e pouco registrados, podemos inferir que essas pessoas já se massageavam e medicavam os pés. Portanto, é válido afirmar que a reflexologia podal ou o cuidado com os pés é algo ancestral e intuitivo da existência humana.
Mesmo tendo adotado o bipedalismo há mais de 6 milhões de anos, ainda hoje o ser humano precisa de 8 a 18 meses para aprender a andar. Nesse processo, são necessárias mudanças no aparelho locomotor e adaptações neurais para que o ser humano finalmente consiga dar os primeiros passos.
Vale lembrar que os primeiros calçados de que se tem registro só surgiram há 5 mil anos na Mesopotâmia e no Egito. Até esse momento, o ser humano estava ligado ao solo, assim como todos os outros animais.
Por isso, é importante destacar a importância de deixar os sapatos de lado e andar descalço no solo para aterrar.
China antiga – 5000 a 3000 a.C.
Grande parte dos estudiosos e autores de vários livros e artigos relacionados à História da Reflexologia Podal destaca a crença de que os primeiros registros se originaram na China, entre 5000 e 3000 a.C. anos atrás.
No livro de Hang Xion Wen e Maria Kuabara, afirma-se que, assim como a acupuntura, a farmacologia chinesa e o Qigong, a Reflexologia Podal tem suas raízes na antiga China. Isso é resultado do agudo espírito de observação dos sábios chineses.
Nesse tempo, a Reflexologia Podal era praticada como medicina ancentral, ainda não atingindo o grau de desenvolvimento científico como a acupuntura e a farmacologia chinesa.
Egito – 2330 a.C.
Em 2330 a.C., registros encontrados no Egito, no túmulo do médico Ankmahor em Saqqara, revelam que os antigos egípcios praticavam técnicas de massagem nos pés como parte de tratamentos de saúde. Esses registros pictóricos mostram o que parece ser uma forma de Terapia Podal sendo aplicada a dois pacientes.
Sem dúvida é um dos registros mais relevantes da História da Reflexologia Podal.
Na parede de fundo, são visíveis símbolos de energia, incluindo “o pássaro branco da paz e do paraíso”, que representa serenidade, prosperidade e boa vontade, juntamente com outros desenhos, como aves, pirâmides, ferramentas e símbolos não identificados.
De acordo com Dougans e Ellis (1992), a representação sugere que um dos terapeutas estava concentrado nos pés de um paciente, enquanto o outro se ocupava das mãos.
Mohamed Elawany, um egípcio, descreveu que as pessoas representadas com pele escura e cabelos encaracolados, à moda dos africanos, eram terapeutas vindos do Egito superior para tratar os habitantes do Egito inferior, que tinham pele clara e cabelos lisos.
A posição dos pacientes variava, e o toque dos terapeutas correspondia aos pontos de pressão associados aos problemas de saúde dos pacientes.
O terapeuta que se concentrava nos pés estava sentado de costas para o paciente, presumivelmente para evitar qualquer desconforto que poderia surgir ao aproximar os pés do rosto de outra pessoa. Além disso, acredita-se que colocar uma das mãos sob a axila do paciente durante a sessão ajudava a liberar a energia do corpo e garantir seu retorno, evitando dissipação. A crença na perda de energia vital enfraquecendo o organismo era prevalente.
Os pictogramas nas paredes também enfatizam o conceito de energia, com uma linha azul em ziguezague representando as águas turbulentas do Nilo e, por extensão, a força vital do universo. As pirâmides acima das cabeças de cada dupla também simbolizavam a energia.
Índia e Hiduismo – 1500 a.C.
O Hinduísmo traça suas origens ao ano de 1500 a.C., quando os primeiros textos sagrados conhecidos como Vedas surgiram. Algumas teorias apontam que suas raízes podem ser ainda mais antigas, remontando à pré-história. Atualmente, é a terceira maior religião do mundo em número de seguidores.
Os hindus cultuam várias divindades, sendo Vishnu um dos principais, encarregado da manutenção do Universo. A consorte de Vishnu, a Deusa Lakshmi, é frequentemente representada massageando os pés de lótus de Vishnu.
Estes fatos também contribuem para entender como esta cultura influenciou a História da Reflexologia Podal.
A Deusa Lakshmi, simbolizando riqueza e boa sorte, é frequentemente associada a bens materiais e prosperidade ilusória. Os mortais não têm controle sobre Lakshmi, apesar de muitos dedicarem suas vidas à busca dessas riquezas.
No entanto, Lakshmi ensina que a verdadeira prosperidade é alcançada servindo os pés do Supremo. A deusa da riqueza mostra que adorar os pés do Supremo é superior a acumular tesouros terrenos, mesmo em uma época onde a riqueza é frequentemente mais reverenciada do que o divino.
Na antiga tradição hindu, mostrar respeito tocando os pés dos pais e sábios é uma prática comum em toda a Índia. Essa demonstração de reverência é considerada uma fonte de bênçãos, pois aqueles que tocam os pés daqueles a quem reverenciam recebem mantras de benevolência, longevidade e sabedoria. Às vezes, as pessoas até se prostram no chão com as mãos estendidas em direção aos pés daqueles a quem prestam homenagem.
No contexto Védico o Pada é mencionado como um importante Karmendriya (ógão de ação), existem vários tratamentos voltados para os pés, como a Padabhyanga, bem como outras terapias, como a marma terapia, que considera pontos reflexos denominados “pontos marmas,” juntamente com canais sutis de energia que servem como caminho para o prana.
Budismo e a História da Reflexologia Podal 530 a.C.
Pegadas atribuídas a Buda são encontradas em toda a Ásia, datando de vários períodos. O autor japonês Motoji Niwa dedicou anos rastreando essas pegadas em diversos países asiáticos. Estima-se que ele tenha encontrado mais de 3.000 dessas pegadas, incluindo cerca de 300 no Japão e mais de 1.000 no Sri Lanka.
Essas pegadas frequentemente apresentam características distintivas, como o Dharmachakra no centro da sola ou os 32, 108 ou 132 sinais auspiciosos de Buda, gravados ou pintados na sola.
Inicialmente, no budismo, as pegadas de Buda eram encontradas em relevos que contavam a história de sua vida. No entanto, à medida que a visão de Buda passou a ser considerada sobre-humana, a ideia de que ele possuía atributos físicos únicos em relação aos seres humanos comuns foi desenvolvida.
Assim, foram descritas trinta e duas características principais e oitenta subcaracterísticas para distinguir a forma física de Buda, embora a natureza desses sinais varie em diferentes textos budistas.
Alguns sites relacionados à Terapia Podal afirmam que monges budistas praticavam algum tipo de terapia nos pés, uma tradição supostamente ensinada por Buda.
Tailândia – século III a.C.
A Massagem Thai Yoga foi desenvolvida na Índia no século VI a.C, no Ashram de Buda. Ela chegou à Tailândia mais tarde, no século III a.C. O médico Jivaka Kumar Bhaccha é considerado o pai da massagem.
Devido à diferença linguística entre a Índia e a Tailândia, o doutor Jivaka Kumar Bhaccha começou a ser chamado Dr. Shivago Komarpaj.
Dr. Shivago Komarpaj desempenhou um papel crucial ao trazer e ensinar técnicas de massagem e outras artes de cura para os monges e a população tailandesa.
A Massagem Thai Yoga e a Terapia Podal Tailandesa se complementam de maneira perfeita. Enquanto a Massagem Thai equilibra os elementos da mente e do corpo, a Terapia Podal estimula os órgãos internos, proporcionando um tratamento holístico completo para o receptor.
De acordo com a medicina tailandesa, existem canais sutis chamados “linhas sen” por onde a energia LOM flui, além de pontos terapêuticos, assim como em outras tradições ancestrais de cura.
Hoje a Reflexologia Podal é muito popular na Tailândia e é praticada por milhares de pessoas nas ruas e spas.
Japão – Sec. V
Por volta do século V, o budismo se espalhou da Coreia para o Japão. Os monges budistas compartilharam seus conhecimentos com a cultura japonesa nos templos.
Em algum momento da história japonesa, um médico conhecido como Kada aperfeiçoou a técnica de massagem nos pés ao adicionar óleo.
Ele também incorporou técnicas ancestrais de massagem Anmá, que eram populares no Japão. Kada manteve seus ensinamentos em segredo, e diversos ramos se desenvolveram a partir de seu método, perpetuado em certas famílias japonesas.
Hoje, no Japão, a Terapia Podal é amplamente difundida e pode ser encontrada sob diversos nomes, como Sokushindo, Ashiura massage e Ashitsubo, que significa “ponto de tratamento nos pés.”
História da Reflexologia Podal no ocidente
Determinar com precisão quando a Terapia Podal chegou à Europa é desafiador. Alguns autores sugerem que foi disseminada pelos Dominicanos e Franciscanos, que viajaram para a China, enquanto outros atribuem a introdução dessa terapia a Marco Polo, após suas extensas viagens pelo território chinês entre 1275 e 1292.
A Reflexologia ganhou notoriedade e foi amplamente praticada na Europa Central, especialmente por trabalhadores e profissionais que cuidavam da saúde da realeza e das classes superiores. Estudos revelaram que uma forma de Reflexologia semelhante à atual Auriculoterapia foi desenvolvida e aplicada na Europa até o século XIV, período em que a Igreja perseguia terapias milenares.
No século XV, há registros da prática da Reflexologia pelos índios Cherokees na América do Norte. O renomado escultor florentino do século XVI, Benvenuto Cellini (1500-1571), divulgou sua experiência ao aliviar dores intensas no corpo por meio da aplicação de pressão nos pés e nas mãos, obtendo resultados excelentes.
Em 1582, os médicos Adamus e A’tatis publicaram um livro detalhando a Terapia por Zonas, seguidos pelo Dr. Ball, que abordou o mesmo tema em Leipzig por volta de 1600. Somente em 1771, o fisiologista alemão Johann August Unzer introduziu o termo “reflexo” ao referir-se às reações motoras. O conceito de “ação reflexa” foi oficialmente introduzido pelo fisiologista inglês Marshall Hall em 1883.
É relevante destacar que no final da década de 1880, a neurologia se consolidou como um ramo autônomo da ciência. Nesse ínterim, na Rússia, o fisiologista Ivan Pavlov (1849-1936) desenvolveu a Teoria dos Condicionamentos Reflexos no final do século XIX, sendo publicada em 1903. Esta teoria evidenciou a conexão direta entre um estímulo e uma resposta. Pavlov colaborou no estudo de reflexos com o médico neurologista, fisiologista e psicólogo Vladimir Bekhterev (1857-1927), concentrando-se nos aspectos psicológicos e fisiológicos.
A abordagem de Pavlov se revelou uma análise objetiva e científica no estudo da aprendizagem, notadamente por proporcionar um modelo que permitia a verificação e exploração de diversas formas, utilizando a metodologia da fisiologia. Essa iniciativa de Pavlov inaugurou a psicologia científica, integrando-se à neurofisiologia.
Vladimir Bekhterev foi o pioneiro da Reflexologia na Rússia e, de maneira independente, elaborou uma teoria dos reflexos condicionados, além de, segundo alguns autores, cunhar o termo Reflexologia. Ele a definiu como uma disciplina científica que investiga as respostas a estímulos externos e internos, originando seus estudos de uma perspectiva psicológica. Bekhterev argumentava que as doenças nervosas frequentemente estavam associadas a distúrbios mentais. Seu trabalho de 1907, “Objective Psychology,” foi traduzido para o inglês em 1932, com o título “Princípios Gerais da Reflexologia Humana.”
A definição de Bekhterev para Reflexologia difere do que um reflexologista contemporâneo provavelmente empregaria: “A Reflexologia, que é uma nova doutrina, é a ciência da personalidade humana estudada do ponto de vista estritamente objetivo e biossocial.”
Os russos continuaram suas pesquisas sobre Reflexologia, abordando aspectos fisiológicos e psicológicos. Eles aplicaram técnicas de Reflexologia em pacientes com várias patologias, concluindo que essa prática era um complemento eficaz à medicina tradicional.
Em 1898, em Londres, o neurologista inglês Sir Henry Head (1861-1940) conduziu pesquisas sobre o sistema somatossensorial e os nervos sensoriais. Suas descobertas revelaram que áreas de hiperalgia na superfície do corpo poderiam indicar problemas em órgãos internos.
Esse modelo, conhecido como “Zonas de Hiperalgesia” ou “Zonas de Head”, agora é reconhecido como Dermátomos. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), observou-se que ferimentos de bala causavam dor não apenas na área danificada, mas ao longo do nervo relacionado.
A atual prática da Reflexologia é atribuída ao Dr. William Fitzgerald (1872-1942), um médico formado pela Universidade de Vermont, EUA, que atuou em hospitais de Viena, Paris e Londres, especializando-se em otorrinolaringologia antes de se estabelecer em Connecticut. Durante seu tempo em Viena, estudou a obra do Dr. H. Bresslar, que explorava a relação entre pontos de pressão nos pés e órgãos internos (terapia de pressão).
Por volta de 1900, Fitzgerald aprimorou a técnica da “Terapia por Zonas,” utilizando elásticos, ganchos e sondas para aplicar pressão em pontos específicos dos pés. Ele percebeu que essa pressão resultava em efeitos anestésicos em áreas específicas do corpo. Dividiu o corpo em dez zonas longitudinais iguais, cada uma correspondendo a metade do corpo, imaginando uma linha divisória central que ia do alto da cabeça até as solas dos pés e palmas das mãos.
Fitzgerald começou a aplicar a técnica para anestesiar pacientes durante cirurgias, recebendo colaboração do Dr. Edwin Bowers. Em 1916, Bowers apresentou publicamente o trabalho, nomeando-o “Terapia por Zonas.” No ano seguinte, os médicos publicaram um livro, “Zone Therapy or Relieving Pain at Home” (Terapia Zonal ou Aliviando a Dor em Casa), mencionando que a massagem nos pés já ocorria no século XIV. O livro oferecia sugestões e recomendações a profissionais de saúde e incluía diagramas dos reflexos dos pés e das dez zonas correspondentes. Fitzgerald passou a ministrar cursos sobre o método a outros médicos.
Aqui vemos o surgimento de uma teoria de reflexologia ocidental e contemporânea, momento importantíssimo para a história da reflexologia podal
Nesse contexto, no final do século XIX e início do século XX, as técnicas desenvolvidas na Alemanha foram denominadas “Massagem Reflexa,” marcando a primeira vez em que os benefícios dessa prática foram confirmados em relação às ações reflexas. Embora os europeus tenham desempenhado um papel significativo na expansão das pesquisas em Reflexologia, foram os norte-americanos que a tornaram conhecida globalmente.
Entre 1913 e 1920, o Dr. Joe Shelby Riley (1889-1946) tornou-se interessado na Terapia Podal após assistir a uma palestra do Dr. Fitzgerald em sua Escola Riley of Chiropractic. Iniciou suas próprias pesquisas, conduzindo investigações clínicas que resultaram na implementação de suas técnicas na Terapia Podal, beneficiando um grande número de pacientes.
Embora o trabalho do Dr. Fitzgerald tenha enfrentado resistência da comunidade médica em geral, o Dr. Joe Shelby Riley e sua esposa acreditaram nele, aplicando essas técnicas em seus pacientes ao longo dos anos. O Dr. Riley refinou a técnica, criou os primeiros diagramas detalhados dos pontos reflexos nos pés e escreveu doze livros sobre a Terapia de Zona.
Entretanto, foi a fisioterapeuta norte-americana Eunice D. Ingham (1879-1974), assistente do Dr. Riley, quem fez a maior contribuição para o tratamento moderno de saúde através dos pés, conhecido como Reflexologia. Ela trouxe descobertas significativas e aprimoramentos à Reflexologia Podal.
Eunice D. Ingham popularizou e reformulou a técnica, renomeando-a como Reflexologia Podal. Ela adicionou diagramas e teorias fundamentais para o ensino moderno, acreditando que a aplicação de pressão nas zonas das mãos e dos pés poderia beneficiar todo o corpo. Ingham escreveu dois livros essenciais, “Stories The Feet Can Tell” (1938) e “Stories The Feet Have Told” (1963), tornando-se conhecida como a Mãe da Reflexologia devido à sua contribuição significativa.
Eunice Ingham desenvolveu o “Método Ingham de Massagem de Compressão,” introduzido na Grã-Bretanha por sua discípula Doreen Bayly (1900-1979) em 1960. Este método foi posteriormente difundido em outros países europeus. Bayly escreveu um manual prático chamado “Reflexology Today,” que apresenta técnicas especiais de massagem nos pés para restaurar a saúde do corpo. Além disso, fundou a Escola Bayly de Reflexologia Podal, capacitando outros profissionais. Após o falecimento de Bayly, Nicola M. Hall assumiu a escola e, em 1986, fundou a Associação de Reflexologia Britânica.
A enfermeira alemã Hanne Marquardt, que estudou na Inglaterra de 1951 a 1954, teve seu primeiro contato com a Reflexologia durante seu estágio como massagista, ao receber o livro de Eunice D. Ingham, “Histórias que os Pés Podem Contar“, de presente de um paciente americano. Impressionada com os resultados, Marquardt organizou seu primeiro curso de treinamento em Reflexologia Podal em 1967. Nas décadas seguintes, ministrou vários cursos na Alemanha e em outros países, contribuindo para a formação de reflexologistas e difundindo o método internacionalmente.
Em comemoração ao 50º aniversário da Reflexologia Podal em 2008, Hanne Marquardt foi honrada com a Medalha Priessnitz em reconhecimento ao seu dedicado trabalho na promoção e disseminação das terapias naturais. Atualmente, ela continua a viajar pelo mundo, participando de treinamentos e conferências sobre Reflexologia.
Na final da década de 1960, Charles Ersdal, um norueguês que sofria de paralisia no lado esquerdo do corpo, ouviu falar sobre a técnica de Reflexologia. Ele solicitou a um amigo quiroprático e reflexologista que o tratasse com essa abordagem. Durante dois anos, seu amigo cuidou da paralisia, resultando na cura da condição. Esse episódio despertou em Ersdal um profundo interesse em aprender mais sobre a técnica, levando-o a estudar Reflexologia, entre outras abordagens. Em 1970, ele se formou em medicina natural e passou a dedicar-se integralmente ao desenvolvimento desse trabalho, além de sistematizar a sonoterapia.
Ersdal iniciou pesquisas sobre por que a Reflexologia tinha efeitos mais pronunciados em alguns pacientes do que em outros. Ele compreendeu que o tratamento deveria abranger a totalidade do indivíduo e não se concentrar apenas nos pontos reflexos. Nos anos 1980, ele inaugurou o Centro de Medicina Alternativa, uma clínica na Noruega, onde cuidou de pacientes e ensinou seu método. Além disso, ministrou cursos de Reflexologia na Finlândia, Rússia, Alemanha e Suécia.
Terje Varpe, um dos primeiros alunos de Charles Ersdal, possui mais de 30 anos de experiência e é um praticante altamente qualificado do método. Ele colabora com Robert Ersdal, filho de Charles Ersdal.
Conclusão da História da Reflexologia Podal
Sem dúvida foi um longo caminho de evolução e aprendizado até os dias de hoje. Com este conhecimento ancestral sendo passado de mestre para discípulo a cada geração. É muito interessante perceber como esta arte parece nunca envelhecer, uma vez que continua crescendo e gerando benefícios aos seus praticantes.
Faz parte da história da reflexologia podal um intricado sistema de intercâmbio além de iniciações independentes, justamente por ser algo tão intuitivo quanto eficaz.
Assim como é muito interessante ver que em cada cultura a reflexologia ganha características distintas, nomes e manobras particulares de cada mestre.
Talvez por isso este conhecimento nunca pare de crescer e atingir cada vez mais pessoas.
Legal seu site, excelentes informações. Isso tudo permite as pessoas menos informadas ficarem denegrindo a Reflexologia como algo empírico e não uma ciência..
Sou Reflexoterapeuta em São Paulo, Suzano, hoje atuo numa clínica médica e meu maior objetivo é difundir a técnica para pacientes com câncer.
Ao longo desses mais de 200 atendimentos tenho visto resultados que assustam, dadas a velocidade de resposta. Tive uma paciente com depressão profunda, cheia de feridas, machucados, dores nas articulações, e em uma única sessão de 2h30min ela estava restabelecida. Recebi uma foto da família dias depois perguntando o que aconteceu. O mesmo se deu com outra cliente (essa eu fiquei sabendo só depois) que estava em depressão , há meses não conseguia levantar da cama, não sorria, só chorava e sentia dores no corpo todo. Também, uma sessão de 2h30min, foi a última vez que ela ficou nesse estado. Hoje, muito disposta e animada. Fora dezenas de casos de melhoria, recuperação de funcionalidade de órgãos. E para mim, o resultado que busco : melhoria dos sintomas pós quimioterapia, com reflexologia podal.
Parabéns Adriano pelo seu trabalho.
Muito obrigadoo Márica
Muito interessante Adriano.
Acabei de fazer um Curso Online de Reflexologia Podal e reconheci várias das informações aqui presente no curso.
Obrigada.
Muito obrigado! Eu também tenho uma formação em Reflexologia Podal Online, veja aqui: https://ruma.me/rlp